terça-feira

Um pequeno gesto ♥

Às vezes dou por mim a pensar em como seria a minha vida se nunca tivesse agido desta ou daquela forma. É algo que me faz questionar bastas vezes… será que teria sido pior? Ou melhor? Acredito que seria bem diferente! É tão difícil imaginar como seria tudo, se tivesse ou não, feito isto ou aquilo. Mas porque motivo é que eu me preocupo tanto com o passado? E com o futuro? Porquê?! Será que ao arrepender-me dos meus actos e ao imaginar desesperadamente o futuro, alguma coisa mudará? Então, e o presente? Onde é que ele fica no meio desta “batalha da vida”? Tantas perguntas e nenhuma resposta. Sinto-me tão ignorante!
Entretanto, sem dar conta, passam-me ao lado realidades muito mais importantes, a que ninguém dá o devido valor. Bastaria um pequeno gesto, até o mais simples possível que faria logo a diferença. Seria como ao encher uma vasilha gota a gota, haveria finalmente uma destas que acabaria por a fazer transbordar, o mesmo se sucederia com uma série de pequenos gestos de amabilidade! Haveria, por fim, um que faria transbordar o coração! Felizmente, esta imagem deixaria de representar uma chamada de atenção e passaria a ser apenas um espaço urbano que desempenha uma determinada função, neste caso um parque de estacionamento destinado a viaturas utilizadas pelas pessoas portadoras de deficiência.
Se nós merecemos ser felizes, eles muito mais!




Ana Pereira

VER O OUTRO COMO ELE É



O frio gela as mãos, mas a força de viver aquece o coração!
Aqueles sorrisos, aquela alegria fazem transparecer uma vida demarcada pela diferença e a vontade de superar as derrotas reflecte-se em cada rosto.
Bastou um gesto! Como é que um simples aperto de mão transporta consigo um sorriso?! É impressionante aquele pedido sensível como forma de dizer :“Estou aqui!”
Não era o facto de estar presa a uma cadeira de rodas que a diferenciava de nós! Era, sim, a vontade de viver, de lutar que a distinguia.
Os que consideramos diferentes são um exemplo para a sociedade do século XXI, que se destrói e embebe em anti-depressivos, contribuindo para o aumento dos casos de suicídio, dia após dia. Porém, se pensarmos bem, não têm elas mais razões para voltar as costas à vida?! No entanto não o fazem. E sabem porquê? Porque são diferentes! Não é assim que as tratam? Na realidade até o são, mas nelas está vincada a diferença de um ensinamento de força, que deve ser tido em conta por todos nós!
Aceita-los é um princípio, mas não basta! É preciso unimo-nos, para desta forma construirmos uma sociedade sem barreiras!





Ana Sobral